sábado, 13 de setembro de 2014

Muita ação e humor marcam esta nova aventura do universo de Cavaleiros do Zodíaco. Apesar de gerar polêmica, por não ser uma adaptação fiel ao mangá, o filme tem muitos pontos positivos.
Os Cavaleiros do Zodíaco - A Lenda do Santuário
"Shiryu, Seiya e Hyoga. Heróis agora em Computação Gráfica"
A primeira vez em que fui ao cinema ver um filme dos Cavaleiros do Zodíaco foi nos anos 90, na época, CDZ era febre no Brasil e a emoção de ver, na tela grande, todos os meus heróis favoritos foi grande. E agora retorno ao cinema para assistir “A Lenda do Santuário”, 20 anos mais velha, mas a emoção foi à mesma de quando eu era uma garotinha.

Mas para os fãs da serie clássica recomendo que vocês assistam ao filme com a mente aberta, pois, ele não é uma adaptação fiel do mangá. É muito importante assistir o filme tendo noção de que se trata de um reboot não é um remake. Mas nem por isso o filme perde seu mérito. O roteiro foi bem elaborado e os principais pontos da Saga das 12 Casas está retratado no longa. Mas algumas coisas da história original foi suprimida ou alterada, por isso, assistam ao filme com outros olhos, porque, assim, o impacto vai ser muito mais legal e será possível apreciar esta nova aventura da forma que ela merece.

Mas antes de falar sobre o roteiro, vamos falar sobre o traço, pois foi um dos pontos que mais chocou os fãs antigos. O character design é todo em computação gráfica (CG), uma inovação necessária para dar uma nova ambientação para o universo dos Cavaleiros do Zodíaco. Quem já leu o mangá sabe que os desenhos do Mestre Kurumada não são bons para uma versão animada, mas alguns fãs acham que o filme poderia ter ficado melhor se fosse com o belíssimo traço visto no filme “Prólogo do Céu”. Mas o filme em CG não ficou ruim, combinou muito com as cenas de ação e os efeitos das armaduras. Mas a movimentação dos personagens lembra, e muito, o filme Final Fantasy VII: Advent Children, o que me faz pensar que as tecnologias nos efeitos de animação em CG não evoluíram muito nos últimos anos.

Cavaleiros de Ouro
Cavaleiros de Ouro (Clique para ampliar)
As armaduras dos cavaleiros são um espetáculo a parte, as de ouro principalmente, um ponto interessante nas armaduras é quando os cavaleiros recebem golpes, ou ao se chocarem com algum objeto, ouvimos sons de metal, um efeito sonoro que não era comum nos filmes antigos nem na serie clássica dos Cavaleiros do Zodíaco. 

A urna que guarda as armaduras ficam na forma de um pingente e há um bonito efeito dos pingentes se transformando em urna, e depois em armadura. Este recurso já foi visto em Saint Seiya Omega, mas no filme, a cena dos cavaleiros vestindo a armadura é fantástica, com rotação de câmera e em slow motion, uma animação de primeira. O slow motion também é usado nas cenas de ação, que são frenéticas e empolgantes. Porém, a duração do filme é pouca e muitas lutas ficam mal explicadas e não tem o destaque merecido. Acho que se o filme tivesse 30 minutos a mais ficaria perfeito.

A fotografia do filme também é lindíssima, o cenário e a ambientação de cada uma das 12 casas são bem detalhadas e tem relação com a personalidade de cada cavaleio de ouro. Já o Santuário é muito diferente do que é visto no anime/mangá. Não parece com o templo de uma Deusa grega, parece uma cidade futurista, com naves e prédios de uma arquitetura muito avançada. A sensação que dá é que o Santuário fica localizado em outra dimensão, um mundo paralelo ao nosso.

Hyoga, Seiya, Shun e Shiryu
Cavaleiros de Bronze (Clique para ampliar)
A personalidade dos cavaleiros é outro ponto que os fãs da serie clássica vão estranhar, e em minha opinião, o roteiro pecou muito com a personalidade de alguns cavaleiros de ouro. Foi triste de ver as novas versões do Máscara da Morte, Milo de Escorpião, e Shura de Capricornio. E acredito que a divergência só não foi maior por conta da dublagem brasileira que deu uma “ajeitada” na personalidade de alguns cavaleiros. O ponto positivo da dublagem é sem dúvida o Gilberto Baroli, dublador do Mestre do Santuário, que estava perfeito em sua atuação. Muito nostálgico de ouvir-lo neste personagem.

A trilha sonora do filme também pecou por ser muito repetitiva, a exceção fica por conta da música tema do filme. Vale à pena ficar para ver os créditos finais e escutar a versão completa de “Hero” cuja a letra foi escrita por Yoshiki, líder da famosa banda japonesa X-Japan, e é interpretada pela cantora Katie Fitzgerald, da banda de rock melódico Violet UK. Ao lados dos créditos há cenas do filme, o que lembrou os encerramentos dos episódios da Fase Inferno dos Cavaleiros. E depois dos créditos um bônus, com uma rápida cena extra. Portanto, fique até o final do longa.

Apesar de ter algumas polêmicas e divergências o filme é uma boa produção e está fazendo sucesso. É inegável que parte do público já está pensando em uma sequência. E, eu particularmente, espero que as histórias dos Cavaleiros do Zodíaco continuem ativas por mais 20 ou 40 anos.

Os Cavaleiros do Zodíaco - A Lenda do Santuário



Nara Cz Nara Cz 
Uma velha otaku que nasceu viciada em cultura japonesa. Assiste de tudo um pouco e defende com unhas e dentes seus títulos favoritos. | Twitter |Google +                           

4 comentários:

  1. Não vi ainda o filme mas pretendo ver este fds. Este texto só me deixou mais ansiosokkkkk

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    1. que bom que gostou do texto. :)
      Espero que tenha gostado do filme tbm :>)

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  2. Bem que a Toei podia fazer um filme
    assim com Sailor Moon , para eu poder
    rever minha "primeira namorada " em
    grande estilo !

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    1. Seria ótimo, um filme delas... o Tuxedo Mask neste traço CG ficaria tão lindo. x-)

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