sábado, 16 de agosto de 2014

Grande e audaciosa. É oque podemos dizer da editora italiana que consegue trazer bons títulos entre os leitores e ao mesmo tempo lançar novas tendências, entre Shoujos, Shonens e Seinens. Conheça agora um pouco da história da Planet Mangá e da Editora Panini no Brasil.
"A história de uma editora que mesmo com atrasos de entrega consegue agradar"
Em agosto de 2002 quando o grande ápice dos quadrinhos orientais, os até então não muito conhecidos mangás, estavam nas bancas feitos por editoras como JBC  e Conrad, a Editora Panini resolveu trazer os mangás também para a empresa que era famosa por cromo cards e álbuns colecionáveis. A editora que até então já tinha um grande sucesso lá fora com os otakus, precisamente na Itália e países na europa, trazia o selo Planet Mangá para o Brasil. Mas como os quadrinhos são totalmente diferentes de cards e albuns, precisaria de uma equipe de peso para traduzir, editar e falar a língua dos leitores. Foi aí que a parceria entre a Mythos Editora e a Panini Comics começaria. Encabeçada por Hélcio de Carvalho como editor-chefe, e também dentro da equipe a ex-fanzinera Beth Kodama, eles começaram a moldar os mangás da Panini como são hoje, sempre se apresentando em eventos e divulgando os novos lançamentos. Mas vamos voltar ao ano de 2002 para acompanhar em ordem cronológica como tudo ocorreu.


2002 / 2003 - O primeiro Mobile Suit do Brasil?
Com o preço de R$ 2,90 na época, Gudam Wing chegava ás bancas em agosto de 2002 no meio de vários outros sucessos de concorrentes. O título não vendeu bem, por ser meio-tanko, de uma editora "desconhecida" pelo leitor, e também por entrar no meio de grandes títulos como One Piece, Yu Yu Hakushô e Love Hina da Conrad e JBC, respectivamente. Em 2003 a editora rumou de maneira silenciosa entre os "blockbusters" locais. Trouxe Éden: Um Mundo Infinito, e Peach Girl. Desses 3 títulos, apenas Gundam Wing conseguiu ser concluído e os outros foram cancelados após dois anos de lançamento.

2004 - Arriscar mais uma vez seria a solução
Lobo Solitário em dezembro de 2004 chegava para assombrar a banca. Tratava-se de um tankohon grosso, com quase 300 páginas, por um preço bacana. O título só chegou ao Brasil após eles apurarem um título que lançaram alguns meses antes, em julho. Slayers em meio-tanko, que vendeu um pouco mais que Gundam.


2005 - Hora de carregar as armas pesadas para as bancas!
Em maio de 2005, após continuando em silêncio e com poucos títulos, Angel Sanctuary e Berserk foram divulgados e anunciados. Apesar de Sanctuary ter sido bem vendido, Berserk teve seu primeiro volume esgotado em poucos meses. A editora, mesmo trazendo ainda títulos em formato meio-tanko, estava ganhando prestígio e mostrando que poderia ficar cada vez mais forte.

O ano era 2006
Após apurarem as vendas de mangás em 5 anos de Planet Mangá no Brasil, a Panini Italiana, deu carta branca para aquisições de "maior porte". A empresa lançou no ano 8 títulos, dentre eles mangás esperados e pedidos por fãs, como Karekano, Samurai Champloo e Lodoss War. Os leitores sentiram que oque fosse mais pedido com certeza viria para o Brasil, já que a franquia era da Itália e por lá já tinham passados muitos mangás conhecidos. Alguns e-mails e cartas foram suficientes para a Panini abrir os olhos e começar a investir em mangás de nome, um novo contrato com a Shueisha, dona da popular revista Shonen Jump se abriria no final do ano.


2007 - Ninjas e Shinigamis. Sonhos se tornando realidade
Contrariando a crença de que Fansubbers e Scanlators atrapalhavam produtos originais aqui no Brasil, em maio de 2007 chega ás bancas e livrarias o mangá de Naruto. A vendagem é simplesmente excelente e berrante. A tiragem das próximas edições do ninja tem o dobro de outras publicações. Outro sucesso chegaria em Julho com o anúncio e pré-venda de Bleach, em eventos do sudeste e nordeste do país. Mais 15 títulos foram lançados este ano, como Trigun e Gantz.

2008 - É um pássaro? É um avião? É a Editora Panini.
A estratégia poderia parecer mesquinha mas deu super certo: lançar obras não muito conhecidas, e tentar sobreviver se esforçando em agradar o público Naruto/Bleach. A ideia deu certo. 15 títulos foram publicados em 2008, mas nenhum bateu 15% das vendas dos ninjas, ou dos shinigamis. Em novembro do mesmo ano a Panini é apontada por sites de notícias e blogs a editora que mais lucra com mangás no país.

2009 - Espadas, mulheres e shoujos
O selo Planet Mangá não parava mais de decolar. O público que antes tinha medo de comprar mangás da Panini por ser uma editora "nova", fazia assinaturas e adquiria os títulos com olhos fechados. A Mythos Editora já cuidava de 90% dos mangás publicados por ela. D.Gray-man, Claymore e Marmalade Boy foram as apostas deste ano junto com outros 9 títulos.


2010 -  A era dos Dezenove
Simplesmente dezenove títulos foram lançados neste ano de glória da editora que não tinha mais limites para subir. Recebendo uma boa benção da Itália em investir em obras cada vez mais conhecidas, chegou no Brasil em fevereiro High School of the Dead, em maio Elfen Lied e Naruto Edição Pocket (também tendo uma segunda tiragem por alta popularidade). A Ibep estava chegando no Brasil para acabar com a Conrad, e apenas a JBC estava batendo de frente com títulos de peso da Panini.



2011 - Kadokawa Shoten & Kodansha Vs. Shueisha
O contrato com Kadokawa Shoten e a Kodansha chegava muito bem este ano. Títulos como Bem-vindo à N.H.K.!Kimi ni TodokeDarker than Black, Basilisk e Air Gear chegavam para acumular sucessos a empresa. Os editores após algumas conversas, em dezembro de 2011 faz novos contratos com a maior editora de mangás no Japão, a Shueisha. Como os títulos Naruto e Bleach foram bem aceitos, o contrato foi assinado com facilidade.

2012 - Oque era bom ficou ainda melhor
One Piece e Dragon Ball ressucitados, e Beelzebub chegando de forma inédita, assim foram os sucessos que a Panini traz da Revista Shonen Jump para o Brasil. Monster também cancelado pela Conrad, e 20th Century Boys, do mesmo autor também chegam ás bancas. Um fato importante deste ano é que começam os pedidos para trazerem de volta as primeiras edições de Bleach, esgotadas em todas as livrarias e revistarias.


2013 - Vamos enfrentar o Gigante Reborn!
Para completar o grupo de Shonens no catalogo da Planet, Tutor Hitman Reborn é lançado em fevereiro de 2013. O mangá também tem seu primeiro volume esgotado em poucos meses. Toriko também chegaria em abril do mesmo ano, Highschool of the Dead - Fullcolor Edition em maio, e antes de acabar o ano, a Panini atende a mais um pedido dos fãs internautas, Shingeki no Kyojin chega ás bancas em novembro de 2013 com a tradução de Ataque dos Titãs.

2014 - Ano 14, 14 títulos
14 títulos já foram anunciados/lançados neste ano. Além de Vinland Saga, um mangá despretensioso que foi publicado em fevereiro e vendeu bem para um título desconhecido, mais dois sucessos da Jump foram lançados para acrescentar o catalogo, Assassination Classroom e o muito aclamado e pedido Kuroko no Basket. A empresa também anuncia em agosto o relançamento em edição especial de Berserk, seu primeiro sucesso, em andamento até os dias de hoje. Um outro fato é a empresa trazer depois de anos de sucesso e febre no Brasil o mangá oficial de Pokémon, este iniciando da fase BlackWhite. Uma festa em Julho foi feita em uma loja de Games no Mato Grosso por dezenas de fãs de Pokémon.

E você? Acha que a Editora Panini é realmente a "mãe" dos mangás da Shonen Jump aqui no Brasil, ou tem uma ideia diferente? Deixe sua opinião!

Não deixe de ler também sobre artigos sobre outra editora:




Renato Urameshi Renato Urameshi 
Escreve sobre anime e mangá desde os tempos de clube por cartas. Leitor nostálgico da Animax e derivadas, gosta de discutir assuntos polêmicos e de fundo jornalistico | Google +

9 comentários:

  1. nem lembrava que gudan wing era a panini q tinha publicado :-) :-)

    ResponderExcluir
  2. Como você comentou, por trás da Panini tem tipo, um gigante italiano.
    E ao que parece, esse gigante não se incomoda de gastar dinheiro aqui no Brasil.
    Comparando a Panini com JBC, dá dó da JBC, que precisa rebolar para manter a concorrência.
    Agora...posso falar uma coisa que me chateia? A Panini tá publicando mangás desde 2002, 12 anos de mercado.
    Quantos mangás nacionais ela publicou mesmo? Só Combo Rangers e cancelou.
    Até a JBC, que era tão durona nesse sentido quanto a Panini abriu possibilidade do pessoal ter suas coisas publicadas, via Brasil Manga Awards.
    E a Panini? Dá de ombros nesse sentido. A 12 anos.
    Pô!

    ResponderExcluir
  3. Sou mais ler de graça nas Scan Online, e outra coisa, não preciso comprar eles pois esse valor não interferira no seu lançamento, porque os únicos que sofrem com isso são as empresas brasileiras, ainda bem que os scans traduzem mangás gringos e não dependem dos mercenários que aqui moram.

    ResponderExcluir
  4. Legal! huehuehuehuehuehuehue :-d

    ResponderExcluir
  5. Por favor, não compare uma revista que lança novos talentos (Jump), com uma mera revendedora de mangás já famosos. Obrigado. De nada.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado pelo comentário Mars, só não precisava ser tão seco em seu comentário. Este blog é feito por fãs e o artigo que eu escrevi foi apenas para mostrar o meu contentamento com o trabalho que as editoras brasileiras tem feito para os mangás no Brasil, sem elas não teríamos os quadrinhos japoneses tão populares entre os brasileiros como temos hoje em dia, na nossa língua. Comparar a Panini como a shonen Jump pode ter sido equívoco da minha parte, mas grandes títulos que eles tem da editora Jump, achei que o título do artigo iria cair bem.

      Agradeço o cometário e a visita. Grande Abraço!

      Excluir
  6. Quem sabe atualizar o texto, ta bem bacana, poderia continuar até 2017.

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário sobre a leitura acima! Críticas educadas serão bem vindas!

Que bom que você veio! Obrigado pela visita!
Textos Originais. Leitura Inteligente.
Leitura Oriental (2014) Fan-site sem fins lucrativos.
Que cria conteúdo para fãs, ou apenas reproduz oque está na internet mundial. Links de sites de terceiro não são considerados reproduções nossas, e são de inteira responsabilidade do site que o link acessa.

Links Externos